quinta-feira, 5 de maio de 2011

Um educador célebre, mas humilde

  


"A humildade exprime, uma das raras certezas de que estou certo: a de que ninguém é superior a ninguém. "






O presente texto foi construído a partir de pesquisa na internet sobre Paulo Freire. Ele relata de forma breve a biografia do educador em questão, situa o leitor no contexto histórico-social no qual estava inserido, revela sua visão política, mostra as críticas e ideais.

Aquele que pode ser considerado o mais célebre educador brasileiro nasceu em 1921 na capital de Pernambuco e faleceu no ano de 1997, vítima de enfarte, em São Paulo, capital. Sua família era de classe média. Casou-se em duas oportunidades, deixou cinco filhos. Devido à crise econômica mundial de 1929 chegou a passar fome, talvez tal fato seja o que justifica o seu interesse pelos mais pobres. Formou-se em direito, mas não seguiu carreira, encaminhando a vida profissional para o magistério.  Sua obra mais relevante é Pedagogia do Oprimido manuscrita em 1958, mas publicada em 70. Freire morou, além de seu estado de nascença, no RN onde se credita a ele o fato de ensinar 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, na Bolívia e Chile quando esteve exilado.  Em 1967, durante o exílio chileno, publicou no Brasil seu primeiro livro, Educação como Prática da Liberdade. Residiu também na Inglaterra e Suíça. Retornou ao seu país no de 1980, para a cidade de São Paulo e então se filiou ao Partido dos Trabalhadores. Entre 1989 e 1991, foi secretário municipal de Educação.

O período que vai da revolução de 30 até o golpe militar de 64 foi o berço intelectual do economista Celso Furtado, do antropólogo Darcy Ribeiro, assim como o de Paulo Freire. Vale ressaltar que esse intervalo de três décadas ocorreu uma mobilização inédita dos chamados setores populares, com o apoio engajado da maior parte da intelectualidade brasileira.   Merece destaque o Plano Nacional de Alfabetização do governo João Goulart, assumido pelo educador, que se inseria no projeto populista do presidente.  Freire condenava o ensino oferecido pela ampla maioria das escolas (isto é, as "escolas burguesas"), que ele qualificou de educação bancária, visão sustentada pelo marxisismo do qual ele era adepto.

Quanto às criticas e os ideais, o pensador pernambucano recriminava a idéia de que ensinar é transmitir saber por que para ele a missão do professor era possibilitar a criação ou a produção de conhecimentos. Mas ele não comungava da concepção de que o aluno precisa apenas de que lhe sejam facilitadas as condições para o auto-aprendizado. A valorização da cultura do aluno é a chave para o processo de conscientização.
O método Paulo Freire não visa apenas tornar mais rápido e acessível o aprendizado, mas pretende habilitar o aluno a "ler o mundo", na expressão famosa do educador. "Trata-se de aprender a ler a realidade (conhecê-la) para em seguida poder reescrever essa realidade (transformá-la)", dizia Freire. A alfabetização é, para o educador, um modo de os desfavorecidos romperem o que chamou de "cultura do silêncio" e transformar a realidade, "como sujeitos da própria história".

Como é notório, Paulo Reglus Neves Freire foi um renomado educador brasileiro, com atuação e reconhecimento internacionais. Conhecido principalmente pelo método de alfabetização de adultos que leva seu nome, ele desenvolveu um pensamento pedagógico assumidamente político. O Pernambucano sempre criticou o fato que o professor não deve apenas depositar conhecimento no aluno, mas sim excitar a curiosidade, a criatividade do educando.

Por Luan Carlos Ferreira --- Graduando em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas - UFRN  


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